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ATIVIDADE ESPACIAL

Brasil amplia presença no espaço com centros modernos e integração estratégica

Publicado: 2025-06-04 14:44:26
ALADA, CLBI e CLA impulsionam soberania, inovação e parcerias no setor aeroespacial brasileiro

O Brasil tem avançado de forma significativa em sua atividade espacial, consolidando-se como um dos protagonistas emergentes no setor aeroespacial da América Latina. Esse progresso é resultado da integração entre instituições estratégicas, infraestrutura consolidada e investimentos contínuos em inovação tecnológica — com destaque para a atuação da Empresa de Projetos Aeroespaciais do Brasil S.A. (ALADA), do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) e do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).

ALADA

A ALADA é uma empresa pública vinculada ao Comando da Aeronáutica (COMAER), concebida como catalisadora do Programa Espacial Brasileiro (PEB). Sua missão é fomentar, coordenar e executar projetos voltados ao setor aeroespacial, fortalecendo a Base Industrial de Defesa e ampliando a autonomia do Brasil no domínio espacial.

A empresa atuará em iniciativas de desenvolvimento de veículos lançadores, satélites, sistemas embarcados e soluções de monitoramento e segurança para áreas de interesse estratégico. Ao integrar esforços de instituições públicas, privadas e centros de pesquisa, a ALADA posiciona o Brasil de forma mais competitiva no mercado global de serviços espaciais.

O papel estratégico da ALADA no Programa Espacial Brasileiro

A criação da ALADA marca uma nova etapa para o Programa Espacial Brasileiro. Desde a década de 1960, o PEB proporcionou avanços em infraestrutura e tecnologia, como centros de lançamento e veículos espaciais. Nesse novo contexto, a ALADA tem como missão dinamizar o setor, promover parcerias com indústrias e instituições diversas e atrair recursos financeiros para reinvestimento no programa espacial nacional.

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Centro de Lançamento da Barreira do Inferno e os lançamentos suborbitais

Inaugurado em 1965 e localizado em Parnamirim (RN), o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) foi o primeiro centro brasileiro dedicado ao lançamento de foguetes. Vinculado à Força Aérea Brasileira, o CLBI desempenha papel fundamental no suporte a campanhas de lançamento, rastreamento e coleta de dados meteorológicos, além de atividades de observação orbital.

Em 2024, o CLBI retomou suas operações com a realização da Operação Potiguar, que envolveu o lançamento do foguete de sondagem VS30 V15. A missão teve por objetivo testar os meios operacionais do CLBI, bem como qualificar os técnicos e engenheiros do Centro.

Centro de Lançamento de Alcântara e os lançamentos orbitais

Situado no litoral do Maranhão, o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) é considerado um dos locais mais vantajosos do mundo para lançamentos orbitais, graças à sua proximidade com a linha do Equador. Esse diferencial geográfico reduz significativamente o consumo de combustível, permitindo lançamentos mais eficientes e com maiores cargas úteis.

O CLA tem demonstrado crescente capacidade operacional, como evidenciado pela realização, em 2025, da Operação Falcão I, que envolveu o lançamento de um Foguete de Treinamento Básico (FTB). A missão contribuiu para a formação e o treinamento de equipes técnicas especializadas.

Além disso, está previsto para o segundo semestre de 2025 o primeiro lançamento comercial do foguete sul-coreano HANBIT-Nano, da empresa INNOSPACE. A operação representa um marco nos esforços do Brasil para transformar Alcântara em um polo global de lançamentos orbitais, atraindo empresas internacionais do setor.

Integração para o futuro do Brasil no espaço

A atuação integrada da ALADA, do CLBI e do CLA fortalece a presença brasileira no espaço e contribui diretamente para o desenvolvimento científico, tecnológico e econômico do país. Com foco em soberania, inovação e sustentabilidade, o Brasil avança de forma estratégica para consolidar sua posição no cenário aeroespacial internacional.

O futuro aponta para um Brasil cada vez mais ativo na exploração pacífica do espaço, com políticas públicas voltadas ao desenvolvimento de tecnologias nacionais e à inserção competitiva no mercado internacional de lançamentos e serviços espaciais.

Fotos: FAB